Observando a ordem do universo em que vivemos, minha lógica sempre apontou para a existência de um Deus.
Desde muito novo me considero cristão, mas nunca fui minimamente religioso. Por isso, preferia me enxergar como um simples crente.
Sempre acreditei que o Deus verdadeiro fosse o do cristianismo — talvez por Ele ser o mais conhecido, se posso dizer assim, e também por eu ter nascido em um ambiente onde as pessoas ao meu redor, e a sociedade em geral, eram cristãs.
Um pouco distante Dele
Apesar de reconhecer a existência de Deus, eu não O buscava ativamente.
Não O colocava em primeiro lugar. Apenas aceitava Sua existência, de forma totalmente passiva.
Nunca fui de orar. Não gostava de louvores. Pra ser sincero, eu achava meio sem graça na época.
Ir à igreja também não era algo que eu gostava — cheguei a passar vários anos sem sequer entrar em uma.
“Este povo se aproxima de mim com a boca e me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.”
— Isaías 29:13
A busca por respostas
Mesmo sem ser nada religioso, sempre fui temente a Deus.
E, acima de tudo, sempre fui muito curioso pra entender quem Ele é — e por que permite que as coisas sejam como são.
Queria respostas. Queria a verdade. Mesmo que ela contrariasse tudo o que eu acreditava até então.
Eu tentava entender questões como estas:
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Pode haver mais de uma religião verdadeira?
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O que acontece com as crianças que morrem sem serem batizadas?
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Como será o paraíso?
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O Deus todo amoroso criaria um inferno literalmente composto de fogo eterno?
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Um dia descrito em Genesis, na criação do mundo, seriam equivalentes a bilhões de anos para Deus?
Como pode ver, eu sempre buscava respostas para questões difíceis até de serem feitas. Até eu mesmo, muitas vezes, tinha medo de me fazer certas questões.
No entanto, como eu sempre cri que a Biblia fosse completamente verdadeira, sem ter de necessariamente descartar as descobertas científicas. E essa capacidade de conciliação acabou me tornando alguém de mente mais aberta.
Criei, sem perceber, uma teologia própria: uma mistura de cristianismo com crenças gerais sobre o universo, filosofia e ciência.
Sim, eu conseguia acreditar em ambos — fé e ciência — e até interligar os dois mundos de forma lógica.
Mas eu sabia que podia estar errado em muitas das minhas conclusões.
Não que isso fosse certo, ou aconselhável, mas para mim estava tudo bem. Fazia parte do processo de aprender.
A inquietação que não me deixava
Sempre fui curioso. Desde cedo, busquei respostas para quase tudo o que eu questionava na vida.
Nesse caminho, acabei lendo centenas de livros sobre os mais variados temas. Mas naturalmente, por mais que eu estudasse, ainda havia perguntas importantes sobre a vida que nenhum homem conseguia responder.
E afinal, quem melhor do que o próprio Criador para nos guiar e responder?
Minhas buscas por Deus não eram constantes. Eram faseadas.
A faísca acendia e apagava — mas nunca por completo.
Era como se existisse dentro de mim uma inquietação que nunca dormia.
Uma busca por Deus: silenciosa, mas viva. Sempre ali, no fundo do peito, esperando a hora certa de despertar de vez.
Quando tudo mudou
Até que, um dia, algo aconteceu e mudou completamente a minha vida.
Naquela semana, eu estava passando por um período inexplicável de insônia.
E, como eu acordava no meio da noite, usava esse tempo pra ver vídeos — muitos deles sobre a Bíblia. Buscava conhecer mais a Deus. Por pura curiosidade mesmo.
Foi nessa fase que tive um sonho com Deus.
Um sonho real. Vivo. Forte.
Nesse sonho, Deus estava me dando uma revelação, e sentir a graça da Sua presença me fazia desabar em choro dentro do sonho.
Ainda lembro muito bem: era um choro de pura gratidão, por sentir que Ele estava comigo.
Mas, no meio do sonho, ele foi abruptamente interrompido.
Senti uma presença e sopro horrível — bem do lado esquerdo do meu ouvido — me acordando de forma brusca.
Foi muito pior do que se alguém tivesse jogado água gelada em mim.
Acordei com um medo e sensação de repulsa que nunca havia sentido antes.
Foi, sem dúvida, a presença mais imunda que já experimentei na vida — acordado ou dormindo.
Era como se toda a podridão do mundo estivesse concentrada ali.
Carregada. Suja. Escura.
Aquilo me abalou. Tive medo de dormir por alguns dias. E nas primeiras 24 horas, senti que fiquei sendo tentado. Parecia uma perseguição espiritual, algo que eu de nenhum modo concebia até então.
“Porque a nossa luta não é contra carne e sangue,
mas contra os principados, contra as potestades,
contra os poderes deste mundo tenebroso,
contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais”
— Efésios 6:12
A batalha invisível
E isso ocorreu cerca das 08h16 do dia 24 de Abril de 2025.
Foi nesse momento que a minha ficha caiu para valer:
O mundo espiritual é real. Existe. E está mais próximo do que a gente imagina.
Eu nunca neguei a existência do mundo espiritual, pois a própria Bíblia sempre deixou claro que ele existe.
Mas há uma notável diferença entre crer porque ouviu dizer, e crer por ter sentido.
Mas irmão, aquele ataque foi uma jogada errada do inimigo — porque, a partir dali, comecei a me aproximar cada vez mais de Deus.
Comecei a orar mais, o que antes raramente fazia.
A gostar de louvor, o que antes, desprezava.
A ler ainda mais a Bíblia — e com mais fé do que nunca. A falar muito mais de Deus.
E comecei a sentir Deus se comunicar comigo ocasionalmente — não por vozes, nem visões estranhas, mas por revelações simples, que vinham no tempo certo, com clareza e propósito.
Como eu interpreto o ocorrido?
Deus estava me revelando algo importante em sonho. O inimigo provavelmente notou, e tentou impedir a revelação completa de ser passada.
Mas o que eu tenho certeza é que Deus nunca erra meus irmãos. Deus permitiu que o inimigo interrompesse aquele sonho naquele momento. E se permitiu foi por um propósito.
Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor.
Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos."
Outro sonho divino
Cerca de um mês depois, tive outro sonho inspirado por Deus — desta vez, com uma passagem bíblica.
Sonhei com uma Bíblia aberta em dois capítulos específicos.
Naturalmente, fiquei curioso e, ao acordar, fui ler.
Foi então que descobri que eram justamente os dois últimos capítulos de um total de apenas seis em que o profeta Elias aparece na Bíblia — antes de ser arrebatado ao céu.
Os capítulos são:
Eu não conhecia esses versículos, nem sabia em quais capítulos Elias aparece.
Mas, sabe o que é curioso? “Elias” é o nome do meu pai — e também o meu segundo nome.
E mais: Elias significa “O Senhor é o meu Deus”.
Não tinha como ser coincidência.
Outro ataque espiritual
Na mesma madrugada, cerca de uma hora depois, tive uma paralisia do sono.
Ouvi passos no meu quarto. Estranhamente, eu já sabia que não se tratava de um ser humano, e fiz um gesto instintivo, como quem manda embora.
Em seguida, senti um toque rápido dessa tal coisa na minha perna. Por um instante, até pensei que fosse alguém de casa tentando me acordar.
Mas, quando finalmente consegui me levantar alguns segundos depois… não havia literalmente ninguém no quarto.
Foi algo que nunca havia experimentado na vida.
Mais uma tentativa de me assustar.
Mais um ataque espiritual.
Nunca tinha passado por nada parecido até então, exceto aquele primeiro sonho com a presença de Deus e sua interrupção abrupta.
Eu já fui cético
Durante toda a minha vida, até cerca de um mês e meio atrás, quando alguém me contava sobre experiências espirituais como essa — especialmente paralisias do sono fora do comum —, eu sempre dava explicações científicas. Achava que era apenas o cérebro acordando antes do corpo.
Não me importava se aquilo tinha sido um divisor de águas para a fé de alguém.
Hoje me arrependo por não ter dado ouvidos a quem já passou por isso e teve a coragem de me contar. Colegas de faculdade, amigos...
Deve ser terrível não ser compreendido ao relatar algo que exige tanta vulnerabilidade para se compartilhar — e que, muitas vezes, é enfrentado sozinho.
Um novo cristão
A partir daí, fui me tornando cada vez mais um cristão de verdade.
Comecei a ter revelações em espírito sobre certas coisas.
Fui ficando mais convicto. Mais consciente.
Mais desperto para a guerra invisível que existe por trás de tudo o que vivemos.
E foi num desses dias de busca, lendo a Bíblia numa manhã, que senti o Espírito me mostrando quem Jesus realmente era.
E curiosamente conheci Jesus, em poucos minutos, muito mais do que O conheci durante toda a minha vida.
“Vocês me procurarão e me acharão quando me procurarem de todo o coração.”
— Jeremias 29:13
Porque criei este espaço?
Foi aí que nasceu um desejo claro no meu coração: compartilhar.
Compartilhar o que tenho aprendido sobre quem é Jesus e quem é Deus.
Compartilhar também as lutas reais que um cristão enfrenta no dia a dia — porque talvez alguém esteja passando exatamente pela mesma coisa, e encontre ajuda, consolo ou clareza nos relatos de quem também está no campo de batalha.
Além disso, quero compartilhar o que tenho entendido das Escrituras, fazendo ligações com os tempos atuais.
Hoje, infelizmente, muitos cristãos quase não leem a Bíblia por conta própria.
Confiam demais em qualquer pessoa que fale com “autoridade”.
E isso é perigoso.
Tem muita gente sinceramente buscando a verdade, tentando se aproximar de Deus… mas tropeçando num mar de confusão, heresias e distrações.
Vídeos nas redes sociais que parecem cristãos, mas distorcem a doutrina.
Pessoas com milhões de visualizações ensinando práticas que Deus condena.
Falsos profetas. Falsos apóstolos.
Igrejas que ensinam o que não está na Bíblia.
Palavras contaminadas. Gente afastando outros de Cristo.
Isso tudo existe — e está por toda parte.
E muitos se afastam da igreja, e do próprio Deus, por conta disso.
Para quem é este espaço?
Este espaço também nasceu de empatia.
Fiquei pensando: e se alguém passa por uma experiência espiritual — como um sonho, um ataque ou uma revelação — e não tem com quem conversar?
E se não tem ninguém pra dizer:
“Você não está louco.”
“Você não está sozinho.”
“Isso já aconteceu comigo também.”
Às vezes, tudo o que alguém precisa é saber que não está lutando sozinho.
Ou ver como outros enfrentaram batalhas parecidas.
Ou apenas encontrar força para continuar.
Se o que vivi puder ajudar alguém a seguir mais firme na fé, então já vale a pena dividir isso aqui.
Também criei esse espaço, principalmente, pra ouvir histórias de outros cristãos. Mas estou de braços abertos — com total respeito e mansidão — para ouvir qualquer pessoa, mesmo que siga uma fé diferente da minha.
Acredito que, em comentários, conversas ou até num simples e-mail, Deus pode usar uma palavra pra tocar alguém num momento difícil.
Talvez a pessoa acorde em meio a uma luta, entre aqui por acaso — e encontre força num texto.
Ou paz num testemunho.
Ou direção numa conversa.
Se este blog conseguir ajudar uma única pessoa a se aproximar mais de Deus, já cumpriu o propósito.
Gratidão que se transforma em ação
Quando você entende melhor quem é Deus, você sente algo muito forte:
Gratidão.
E uma vontade quase impossível de explicar — de falar dEle.
De ajudar quem já é dEle a não se desviar.
E de mostrar o caminho pra quem ainda não conhece.
“O que vos digo às escuras, dizei-o em plena luz; e o que se ouve ao pé do ouvido, proclamai-o dos telhados.”
— Mateus 10:27
O convite
Lembra do profeta Elias?
Logo no começo de 2 Reis 1, o rei de Samaria ficou doente e, em vez de buscar a Deus, mandou mensageiros consultarem um deus estranho chamado Baal-Zebube.
Deus então enviou Elias para interceptar esses mensageiros com uma pergunta que ecoa até hoje:
“Por acaso não há Deus em Israel, para que vocês vão consultar outro?”
Essa mesma infidelidade a Deus ainda marca os nossos tempos.
Gente buscando respostas em astrologia, horóscopos, numerologia, cartas de tarô, rituais, simpatias, consultas espirituais, médiuns, cristais, e todo tipo de prática ocultista — coisas que parecem inofensivas para muitos cristãos — mas que, na verdade, são abominações aos olhos de Deus.
Enquanto o Deus verdadeiro, o Deus vivo, segue sendo ignorado — até mesmo por muitos que se dizem cristãos.
“Não permitam que se ache alguém entre vocês que queime em sacrifício o seu filho ou filha, que pratique adivinhação, se dedique à magia, interprete presságios, pratique feitiçaria, faça encantamentos, que seja médium, espírita ou que consulte os mortos.
O Senhor tem repugnância por quem pratica essas coisas...”
— Deuteronômio 18:10-12
Aqui compartilho o que o Espírito Santo tem me revelado, junto com experiências e aprendizados reais — tudo à luz das Escrituras. Sem religiosidade forçada, sem enfeites, sem máscaras.
Mas te peço algo importante:
Lê com calma.
Confere tudo na Bíblia.
Não aceite nenhuma verdade — nem a minha — sem antes conferir se está na Palavra.
A Bíblia é a base.
Se você não tiver o hábito de checar o que ouve nela, corre um grande risco:
Ser enganado.
Por falsos profetas, falsos pastores, falsos cristãos — ou até por pessoas bem-intencionadas, mas mal ensinadas.
Ou por pessoas e entidades que, embora pareçam inofensivas, estão sendo usadas pelo inimigo — com ou sem perceberem.
"Pois tais homens são falsos apóstolos, trabalhadores fraudulentos, que fingem ser apóstolos de Cristo. Isso não é de admirar, pois o próprio Satanás se disfarça de anjo de luz. Portanto, não é surpresa que os seus servos finjam ser servos da justiça. O fim deles será o que as suas ações merecem."
Permita-me terminar com um versículo que me guia e que tem marcado a minha caminhada:
“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”
— João 8:32
Se alguma parte disso falou contigo, comenta.
Ou me manda um e-mail.
Talvez o que você viveu também possa ajudar alguém que está travando a mesma luta.
Esse blog não é sobre mim.
É sobre Quem me chamou pra escrever.
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