A Pessoa mais intrigante da história
E se existisse alguém que, em apenas três anos, demonstrasse uma sabedoria maior que a de Salomão, realizasse mais milagres que todos os profetas juntos, e conhecesse as Escrituras como ninguém?
Alguém cujo nascimento, vida e morte cumpriram dezenas de profecias antigas — com uma precisão que desafia a lógica.
Alguém que, em tão pouco tempo, superou os maiores nomes da Bíblia…
E no final, não negou: afirmou ser o próprio Deus encarnado.
Quem seria esse homem…
que dividiu a história em “antes e depois”?
Seria mesmo o Filho de Deus?
Ou apenas um ser humano extraordinário?
Ou, quem sabe… a maior farsa de todos os tempos?
E se for mentira — por que o Deus de Israel, tão zeloso com Sua glória, tão rigoroso com qualquer sinal de blasfêmia, permitiria que esse nome fosse adorado por bilhões, durante milênios?
Por que esse mesmo Deus — que abriu o mar, enviou fogo do céu, levantou profetas e derrubou impérios — se calaria por dois mil anos diante de tamanha idolatria… se fosse realmente uma mentira?
Por quê?
Eu não te dou a resposta.
Só te convido a pensar.
Quem aceitaria tudo isso calado... por uma mentira?
Pensa comigo:
Que tipo de pessoa — em plena sanidade — aceitaria ser preso injustamente, amarrado, cuspido no rosto, espancado até os ossos aparecerem sob a pele… sabendo que poderia parar tudo com uma única palavra?
Quem aceitaria isso… por algo que ele mesmo inventou?
Isso não acontece. É contra nossa natureza.
O instinto de sobrevivência fala mais alto.
Diante da dor, a farsa desmorona.
Mas Jesus… não fugiu.
Naquela noite, no jardim do Getsêmani, quando os soldados vieram prendê-lo, Ele não resistiu.
Seus amigos tentaram defendê-lo — Pedro cortou a orelha de um soldado — e Jesus… a curou.
Ele poderia ter fugido. Poderia ter se escondido. Mas foi ao encontro deles.
Foi levado como um criminoso, amarrado, e passou por uma sequência absurda de julgamentos ilegais durante a madrugada.
Foi acusado com falsas testemunhas, sem direito de defesa. Zombaram dEle. Bateram em seu rosto. Cuspiram. Deram socos e tapas.
E os próprios discípulos? Fugiram. Pedro o negou três vezes.
Mesmo assim, Jesus não se explicou.
Não argumentou. Não se defendeu.
Ficou em silêncio — como já havia sido profetizado:
“Como cordeiro levado ao matadouro… Ele não abriu a boca.” (Isaías 53:7)
Pilatos percebeu que Ele era inocente. Tentou soltá-lo.
Mas a pressão da multidão foi maior.
Ainda assim, Pilatos tentou um plano: mandou açoitá-lo — talvez, pensou ele, se o vissem sofrer, ficariam com pena.
Mas o que Jesus sofreu não foi um simples castigo.
Foi flagelação.
Um chicote romano chamado flagrum — com tiras de couro, ossos, metais e chumbo nas pontas.
Cada golpe rasgava a pele, arrancava carne, expunha músculos e costelas. Muitos morriam ali mesmo.
Clique neste no video abaixo para assistir a um vídeo curto da cena do filme "A Paixão de Cristo" que retrata esta brutalidade que Jesus sofreu.
Mas Jesus resistiu.
Ensanguentado, coroado com espinhos, vestido com um manto roxo, foi apresentado ao povo:
“Eis o homem!”, disse Pilatos — como quem implora: Olhem pra ele. Já basta.
Mas a resposta foi:
“Crucifica-o!”
Pilatos lavou as mãos. Literalmente.
Disse que não queria responsabilidade sobre aquele sangue.
Jesus foi, então, condenado à cruz.
Carregou parte dela — mais de 40kg de madeira — sobre costas em carne viva.
Tropessou pelas ruas de Jerusalém, sob insultos, empurrões e zombarias.
No Calvário, deitaram-no sobre o madeiro.
Pregos atravessaram seus pulsos e pés — perfurando nervos, causando dores lancinantes.
Na posição da cruz, cada respiração exigia que Ele se levantasse com os pés perfurados.
Cada suspiro… era uma tortura.
E mesmo assim… orou por quem o matava:
“Pai, perdoa-lhes. Eles não sabem o que fazem.”
Pensa comigo…
Jesus já havia acalmado tempestades.
Multiplicado pães.
Ressuscitado mortos.
Tinha poder sobre a natureza. Argumentava com líderes religiosos e os deixava sem resposta.
Se quisesse, poderia ter feito chover, desaparecer, ou paralisar todos com uma só palavra. Mas não fez.
Quem aceita ser torturado até a morte… por algo que sabe ser mentira?
Qual mentiroso vai até o fim, sem recuar, sem desmentir, sem tentar escapar… sendo espancado, traído, cuspido, envergonhado?
E tudo isso... em silêncio?
Não faz sentido.
Homens morrem por amor. Por fé. Por ideais.
Mas ninguém vai até a morte, nesse nível de sofrimento, por algo que inventou.
E Jesus não ganhava algo nesta vida por se deixar ser crucificado.
Só existe uma explicação — Ele sabia quem era e o que estava fazendo.
Como já estava escrito, centenas de anos antes:
“Ele foi ferido por causa das nossas transgressões, o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas feridas fomos curados.” — Isaías 53:5
Por que tantos morreriam para defender Jesus?
Pensa comigo: se Jesus fosse só mais um mentiroso, ou se tudo tivesse sido uma ilusão coletiva, como explicar o que aconteceu depois da crucificação?
Os seus discípulos — homens simples, que fugiram no momento da prisão — de repente se tornaram ousados. Saíram proclamando em público que Ele havia ressuscitado. Foram presos, ameaçados, açoitados, perseguidos… e nenhum deles voltou atrás.
Pedro foi crucificado de cabeça para baixo. João foi exilado. Tiago, decapitado. Estevão, apedrejado. Todos morreram com a mesma mensagem nos lábios: Jesus ressuscitou.
Agora pensa comigo… qual grupo de amigos manteria uma mentira até a morte, sem que ao menos um recuasse? Isso não existe. Essa é uma das evidências mais fortes da ressurreição. Ninguém morre por algo que sabe ser falso.
E então vem Paulo. Um caso ainda mais improvável.
Paulo não era discípulo. Pelo contrário — era perseguidor. Era fariseu, respeitado entre os religiosos. E fazia questão de prender, calar e até matar cristãos. Até que, um dia, se depara com Jesus ressuscitado.
Essa visão não só o derruba no chão — transforma sua vida por completo. De perseguidor, vira pregador. De inimigo, torna-se apóstolo.
Paulo abandona prestígio, status, segurança. Sofre naufrágios, prisões, espancamentos. Tudo por causa d’Aquele que ele antes odiava.
E vai até o fim. Escrevendo cartas, plantando igrejas, anunciando a mesma verdade: Jesus vive.
Quem faz isso por uma mentira?
O nascimento e a morte mais profetizados da história
Jesus não apareceu de forma aleatória
Sua vinda foi cuidadosamente anunciada durante séculos.
Desde Gênesis até os últimos profetas, toda a Bíblia aponta para Ele.
Nenhum outro ser humano teve seu nascimento, missão e até a morte descritos com tamanha precisão… tanto tempo antes de acontecer.
Seu nascimento foi profetizado com detalhes.
Isaías, mais de 700 anos antes, escreveu:
“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel (Deus conosco).”
— Isaías 7:14
Miqueias foi ainda mais específico:
“E tu, Belém Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti sairá aquele que há de reinar em Israel.”
— Miqueias 5:2
Séculos antes, já se sabia:
Nasceria de uma virgem.
Viria de Belém.
Seria o Rei.
E sua morte também foi profetizada com uma precisão assustadora.
Isaías 53 é um dos capítulos mais impressionantes de toda a Bíblia. Escrito 700 anos antes de Cristo, ele descreve com riqueza de detalhes o sofrimento do Messias:
“Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens... Homem de dores, que sabe o que é padecer... Foi traspassado (perfurado) pelas nossas transgressões... o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas feridas fomos curados.”
— Isaías 53:3
E mais adiante:
“Foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro.”
Salmos 22, escrito por Davi mil anos antes de Cristo, parece uma cena retirada do Calvário:
“Transpassaram (perfuraram) minhas mãos e meus pés... repartem entre si as minhas vestes, e lançam sortes sobre a minha túnica.”
— Salmos 22:16-18
Cumprido em João 19:23-24: os soldados dividiram as roupas de Jesus entre si.
Até as palavras de Jesus na cruz estavam ali:
“Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”
— Salmos 22:1
Quantos detalhes…
A cidade onde nasceria.
Como viveria.
Como sofreria.
Como morreria.
E até o que diria nos últimos momentos.
Que outro ser humano teve algo parecido?
O nascimento no momento mais perfeito da história
Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo de lei, para resgatar os que estavam debaixo de lei, a fim de recebermos a adoção de filhos. — Gálatas 4:4-5
Jesus nasceu no lugar certo.
Da forma certa.
E com todas as profecias apontando para Ele.
Ele nasceu também na época exata mais estratégica possível para que Sua mensagem alcançasse o mundo.
Não foi coincidência. Foi providência.
Por que aquele período específico da história foi o mais perfeito?
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Paz Romana (Pax Romana)
Jesus nasceu durante um dos períodos mais pacíficos do Império Romano.
As guerras tinham cessado por um tempo, e as estradas estavam seguras. Isso permitiu que, após Sua ressurreição, os discípulos pudessem viajar por toda parte com liberdade, espalhando o evangelho com rapidez e segurança. -
Infraestrutura de comunicação e transporte
O Império Romano havia construído estradas, rotas marítimas e sistemas postais que conectavam praticamente todo o mundo conhecido.
Pela primeira vez na história, uma mensagem podia ser levada da Ásia à Europa em poucas semanas. -
Língua comum
Quase todos os povos daquela região falavam ou entendiam o grego. Isso foi essencial para que os ensinamentos de Jesus fossem escritos e distribuídos em uma língua que a maioria das pessoas entendia.
Não foi preciso traduzir os evangelhos para centenas de dialetos — o mundo estava pronto para ouvir. -
Fome espiritual
Naquele tempo, o mundo vivia uma grande crise moral e espiritual.
Havia filosofias, mas poucas respostas.
Religiões, mas nenhuma redenção.
Os judeus esperavam ansiosamente pelo Messias, e os gentios buscavam sentido para a vida.
Jesus veio no exato ponto da história em que o mundo estava pronto para ouvir uma verdade que transformasse tudo.
Se tivesse nascido um século antes, as guerras teriam impedido a propagação do evangelho.
Se tivesse nascido um século depois, o fervor espiritual já teria esfriado.
Mas naquele momento, as peças estavam perfeitamente posicionadas.
É como se o céu tivesse decidido o tempo — e o tempo foi perfeito.
O silêncio de Deus após Jesus
Você já reparou nisso?
O Deus do Antigo Testamento — tão presente, tão direto, tão poderoso em manifestações — de repente se cala.
Durante séculos, Ele falou com patriarcas, levantou profetas, enviou anjos, abriu o mar, fez cair fogo do céu, moveu nações inteiras.
Mas depois de Jesus… silêncio.
Aliás, os dois maiores silêncios da história bíblica acontecem justamente antes e depois d’Ele.
O primeiro foi entre o profeta Malaquias e o nascimento de Cristo — cerca de 400 anos sem nenhuma nova revelação pública.
O segundo — e mais longo — começou após a ressurreição de Jesus.
E já dura mais de dois mil anos.
Nenhum novo profeta. Nenhum novo testamento. Nenhuma nova revelação universalmente reconhecida.
Os judeus, que por milhares de anos escreveram, preservaram e respeitaram as Escrituras, nunca mais acrescentaram nada ao seu livro.
Nem os profetas. Nem os rabinos. Nem ninguém.
É como se, depois de Jesus, Deus tivesse dito:
"Eu já falei tudo o que precisava ser dito."
E esse silêncio continua até hoje.
Já se passaram mais de dois milênios sem uma nova revelação pública, nacional, incontestável.
Parece estranho… até você perceber: esse silêncio parece ser uma confirmação.
É como se o próprio Deus estivesse dizendo ao mundo:
“A Minha Palavra final foi dada.
A revelação está completa.
Ouçam o que o Meu Filho disse.”
Hebreus 1:1–2 resume isso com perfeição:
“Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas,
a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho...”
E como se o céu quisesse reforçar essa verdade com atos visíveis, algo aconteceu no templo no exato momento da morte de Jesus:
O véu se rasgou.
O tecido que separava o Santo dos Santos — o lugar onde apenas o sumo sacerdote podia entrar uma vez por ano — se rasgou de cima a baixo.
Era como se o próprio Deus dissesse:
“O acesso está aberto.
O sacrifício foi aceito.
Não há mais barreira entre Mim e vocês.”
Poucos anos depois, em 70 d.C., o templo inteiro foi destruído pelos romanos. E nunca mais foi reconstruído.
Por quê? Porque o verdadeiro Templo agora seria Cristo. E depois Dele, o Espírito de Deus passaria a habitar dentro de todos os que nele creem.
É como se o templo físico tivesse cumprido sua missão.
E o silêncio de Deus… se tornara a maior confirmação de que tudo o que precisava ser dito… pois foi dito no Filho.
Deus já dava indícios que havia mais de um Senhor
Se olharmos com atenção, perceberemos que o próprio Antigo Testamento já deixava pistas de que havia algo mais profundo na natureza de Deus.
Desde Gênesis, algo chama atenção:
“Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...”
— Gênesis 1:26
Por que "façamos"? Por que Deus falaria de Si mesmo no plural?
Alguns tentam explicar como plural de majestade — uma forma de exaltar a autoridade de Deus.
Mas isso não é comum na língua hebraica antiga.
E mais do que isso: não acontece apenas uma vez.
No livro de Isaías, vemos algo ainda mais impressionante:
“E ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós?”
— Isaías 6:8
“Por nós”?
De novo, um plural misterioso.
E não para por aí.
No Salmo 110, Davi escreve algo surpreendente:
“Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés.”
— Salmo 110:1
Davi, o rei, está ouvindo o Senhor falando com outro Senhor — alguém maior do que ele mesmo.
Quem seria esse “meu Senhor” que se assenta à direita de Deus?
Jesus, anos depois, usaria exatamente esse salmo para confundir os fariseus (Mateus 22:41-45).
Ele estava mostrando que a identidade do Messias era mais divina do que eles imaginavam.
Parece que mesmo antes de Jesus nascer, Deus já estava sussurrando Sua trindade. O Filho estava com o Pai desde o princípio.
Deus já tinha aparecido como homem antes
Pra muitos, a ideia de Deus se tornar homem parece absurda. Mas... e se Ele já tivesse feito isso antes?
A verdade é que, sim — Ele já apareceu como homem.
No Antigo Testamento, há momentos em que Deus se manifesta com aparência totalmente humana.
Em Gênesis 18, Abraão viu três homens chegando em sua direção.
Um deles era o Senhor.
Ele se sentou, comeu, conversou cara a cara com Abraão — como um visitante qualquer.
Em Gênesis 32:24-30, Jacó lutou com um homem durante toda a madrugada.
Depois declarou:
“Vi a Deus face a face, e a minha vida foi salva.”
Esses momentos são chamados de Teofanias (aparições de Deus) ou, mais especificamente, Cristofanias — aparições pré-encarnadas de Cristo.
Ou seja…
Desde o princípio, Deus já mostrava que podia sim aparecer como homem.
A diferença é que, nessas ocasiões, era por pouco tempo.
Com Jesus, foi diferente.
“E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós…”
— João 1:14
Desta vez, Ele não veio só visitar.
Nasceu. Cresceu. Viveu como um de nós.
Foi uma encarnação completa.
Deus sempre usou o improvável para realizar o impossível
Deus nunca fez questão de grandeza aos olhos humanos.
Ele sempre escolheu o improvável, o fraco, o desprezado para realizar os maiores feitos da história.
Sara já não tinha mais idade para ser mãe. Seu ventre estava morto — e foi ali que nasceu Isaque, o filho da promessa.
Deus esperou que ficasse impossível… para então mostrar que nada é impossível para Ele.
Davi era só um adolescente, pastor de ovelhas, o caçula da casa, esquecido até pelo pai… Mas foi ele que derrotou Golias. Foi ele que se tornou rei.
Moisés era gago.
Jeremias dizia que era jovem demais.
Amós era boiadeiro.
Eliseu lavrava a terra.
Gideão se via como o menor da menor tribo.
Rute era estrangeira.
Maria era uma jovem virgem e anônima.
Deus sempre preferiu usar o improvável.
“O Senhor não se afeiçoou a vocês (Israel) nem os escolheu por serem mais numerosos do que os outros povos, pois vocês eram o menor de todos.” — Deuteronômio 7:7
E então, quando veio o momento de Ele mesmo descer à Terra, por que seria diferente?
Esperavam um rei num cavalo branco. Mas Ele veio como um carpinteiro num jumento.
“E tu, Belém Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel...” — Miquéias 5:2
Esperavam um guerreiro, armado e político. Mas Ele curava com palavras. Tocava leprosos. Andava com os rejeitados. Dormia no meio da tempestade.
“Não tinha beleza ou majestade que nos atraísse, nada em sua aparência para que o desejássemos. Foi desprezado e rejeitado pelos homens...” — Isaías 53:2-3
O Deus encarnado veio como um homem comum — e por isso, muitos o rejeitaram.
Jesus não foi crucificado porque quebrou a Lei, mas porque ela foi mal interpretada — ou pior, usada conforme os interesses humanos.
Ele não pecou, não cometeu crime algum.
Mas os líderes religiosos da época pecaram ao condenar um homem inocente.
Eles sabiam que, se o deixassem continuar, o povo acreditaria nele — e isso colocaria em risco o poder e o status que possuíam.
“Se o deixarmos assim, todos crerão nele, e virão os romanos e tomarão tanto o nosso lugar como a nossa nação.”
— João 11:48
Jesus não apenas realizava milagres — Ele expunha a hipocrisia daqueles que se diziam santos.
E isso os ofendia profundamente, porque se amavam mais do que amavam a Deus.
“Eles fazem tudo a fim de serem vistos pelos outros... gostam do lugar de honra nos banquetes e dos assentos mais importantes nas sinagogas; das saudações nas praças e de serem chamados 'Rabi'.”
— Mateus 23:5-7
Movidos pelo orgulho, pelo medo e pela vaidade, tomaram a decisão mais trágica da história: crucificar o próprio Deus.
E ao fazer isso, violaram os mandamentos que diziam guardar:
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“Não matarás” — mataram o Justo.
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“Não dirás falso testemunho” — levantaram acusações falsas.
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“Amarás o teu próximo como a ti mesmo” — negaram misericórdia ao inocente.
No fim, não foi Jesus quem quebrou a Lei.
Foram eles que a transgrediram… para preservar a própria imagem.
É doloroso admitir… Mas nós seres humanos, somos tão cegos que matamos o próprio Deus.
Somos tão tolos que crucificamos Aquele que veio nos salvar.
Tão orgulhosos que desprezamos Aquele que se humilhou por amor.
E Deus é tão incrível que nos revelou essa verdade da forma mais dolorosa possível — usando a Si mesmo.
Mas aqui está o mistério:
O poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza.
“A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.” — 2 Coríntios 12:9
Jesus crucificado, despido, sangrando…
Parece derrota. Mas foi ali, no ponto mais escuro da história, que brilhou a luz mais forte do céu.
Porque só reconhecemos a luz quando há escuridão. Só entendemos amor, quando alguém se sacrifica sem nada a ganhar.
Deus não precisava de nós. Mas mesmo assim… morreu por nós.
Talvez o amor descrito em 1 Coríntios 13 — aquele que tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta — seja o próprio amor que Deus tem por nós.
A cruz: a simbologia poderosa por detrás
A forma de morte que Jesus escolheu — sim, escolheu — não foi por acaso.
A cruz é, talvez, o símbolo mais carregado de significado que existe.
Jesus poderia ter morrido apedrejado.
Poderia ter sido degolado, envenenado, silenciado por conspiradores.
Mas foi crucificado.
E nunca paramos para refletir o suficiente sobre o que isso significa.
A crucificação é o único tipo de morte que exige que você a carregue.
Antes de ser pendurado, Ele teve que carregar a própria cruz pelas ruas, sob zombaria, espancado, caindo…
Como se levasse sobre os ombros os pecados do mundo.
Como se cada passo dissesse:
“Sim, eu levo. Sim, eu assumo. Sim, eu pago.”
Mas antes disso, veio a flagelação.
E ela também não foi em vão.
Jesus foi chicoteado com tiras de couro cravejadas com ossos e metais.
Cada golpe rasgava a pele, expunha os músculos, fazia jorrar sangue.
A dor era desumana.
E mesmo assim, Ele suportou em silêncio.
No Salmo 22 — escrito séculos antes — já estava descrito:
"Mas eu sou verme, e não homem, opróbrio dos homens e desprezado do povo."
Ele foi tratado como menos que humano. Como alguém indigno. Como um objeto de escárnio.
Foi uma violência pensada para humilhar.
Para destruir não só o corpo, mas a dignidade.
E no entanto… Ele se calou.
"Pelas suas feridas fomos curados."
— Isaías 53:5
Cada golpe era um pagamento.
Cada ferida, uma cura.
A dor que rasgava sua carne era o preço do nosso perdão.
E o mais impressionante: Ele teve tempo para desistir.
Desde a madrugada, no Getsêmani, Jesus já sabia tudo o que viria.
Tanto que suou sangue ao orar, tamanha a angústia.
Ele poderia ter fugido.
Poderia ter negado.
Poderia ter permanecido calado.
Mas escolheu continuar.
A cruz escancara. Exclui o orgulho.
Nela, você não se esconde.
Jesus foi pregado nu, exposto aos olhares, à vergonha, ao deboche.
A Verdade foi pendurada diante de todos —
e ninguém pôde dizer que não viu.
Seus braços estendidos eram mais do que uma posição física.
Era um convite eterno.
Aquele que sempre disse: "Vinde a mim..."
agora se deixava literalmente aberto.
Braços escancarados —
como quem diz: “Ainda dá tempo.”
E ali, do lado dele, havia um homem que sabia que o tempo estava acabando.
Um ladrão, crucificado por seus próprios erros, que já não podia fazer nada.
Nada para merecer salvação.
Nada para se redimir.
Nada… além de crer.
E foi o suficiente.
“Lembra-te de mim quando entrares no teu Reino”, ele disse.
E Jesus respondeu:
“Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso.”
Essa é a cruz.
Lugar onde até quem chega no último segundo —
e confia — é acolhido.
A coroa de espinhos — zombando do seu reinado —
mas ao mesmo tempo, cumprindo a profecia de que Ele era Rei.
A lança no lado…
E então, sai sangue e água.
Segundo médicos, isso indica um colapso do coração.
Jesus literalmente morreu de coração partido.
“Ninguém tira a minha vida. Eu a dou por amor.”
Ali, naquele madeiro, o mundo viu — a maior expressão de amor que já existiu.
Jesus foi o maior líder da história
Jesus não foi um chefe, foi o maior líder que já existiu — e liderou da forma mais sublime possível: pelo exemplo.
Ele tinha todo o poder do universo, além da nossa compreensão.
Podia ordenar que todos se ajoelhassem.
Podia fazer sinais no céu a cada manhã, com seu nome escrito entre nuvens e trovões.
Podia transformar pedras em pão todos os dias só para mostrar que era Deus.
Mas não fez.
Porque Deus não quer obediência forçada.
Não exige adoração por medo.
Não manipula, não força, não ameaça.
Ele quer que O adoremos pelo que Ele é, e não pelo que Ele pode nos dar.
Quer que creiamos sem pressão, sem truques, sem espetáculo.
Quer amor… verdadeiro.
Cristo mostrou isso em cada atitude.
Tinha tudo — e se fez servo.
Podia tomar o trono de Roma — mas tomou a cruz.
Liderou pelo exemplo.
Curou, perdoou, chorou, ensinou, sofreu.
E no fim, deu forças aos discípulos não com promessas de glória, mas com o exemplo vivo do que é amar até o fim.
Hoje, Ele nos dá o mesmo exemplo.
Seguir Jesus trará críticas, rejeições, perseguições. Mas Ele já nos mostrou o caminho — e não nos deixou sozinhos.
Após subir ao Pai, enviou o Espírito Santo — que é Deus em nós.
Humilde. Manso. Silencioso. Mas totalmente presente.
Cristo expressa o Pai. O Espírito revela o Filho. E a mensagem é uma só:
Deus desceu. Viveu entre nós. Morreu por amor. Ressuscitou.
E tudo o que Ele pede em troca é simples:
“Crê em Mim. Me aceita. Me respeita. Me ama.”
Que Deus é Esse?
Imagina… Ser o Criador do universo. Aquele que vive nas dimensões mais elevadas, além do tempo, além da matéria, além do que conseguimos imaginar.
E mesmo assim… Escolher descer.
Descer ao nosso mundo limitado.
Sentir calor, frio, fome...
Chorar.
Sangrar.
Morrer.
Se submeter a zombarias, a tapas, a tortura.
Ser cuspido no rosto por aqueles que Ele mesmo criou.
Ser pregado nu em uma cruz, entre ladrões, como se fosse o pior dos criminosos.
Que Deus é esse…? Que ama tanto, que prefere se humilhar a nos perder?
Que troca a coroa celestial por uma coroa de espinhos.
Que troca o trono por uma cruz.
Que escolhe se tornar pequeno diante de criaturas tão frágeis e ingratas…
Só pra que possamos ter a chance de conhecê-Lo.
Que Deus é esse… que não precisava de nada, mas ainda assim deu tudo?
É um Deus diferente de tudo que já se viu.
É o Deus que ama. É o Deus que serve. É o Deus que salva.
E só de pensarmos nisso com sinceridade, já sabemos o que devemos fazer.
A resposta não é obrigação. Não é medo. Não é religião.
Talvez a resposta seja essa: amar de volta Aquele que nos amou primeiro (1 João 4:19) — e, como Ele mesmo nos ensinou, amar também ao próximo como a nós mesmos (Levítico 19:18, Marcos 12:31).
Porque toda a Lei e os Profetas se resumem nisso (Mateus 22:37-40):
Amor a Deus de todo o teu coração (Êxodo 20:1–11)
e
Amor ao próximo como a ti mesmo (Êxodo 20:12–17)
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